A população Mundial
A POPULAÇÃO MUNDIAL Com o rápido crescimento da população mundial, especialmente nos países subdesenvolvidos, estatísticas nos dão conta que em 2050 poderemos chegar até 12,5 bilhões de habitantes no planeta. Apenas pelo conhecimento dos números, já tomamos consciência da importância que tem o estudo da população. Todavia os números só servem para quantificar e, no caso da população humana, diferentemente das populações animais em que todos vivem de maneira semelhante, a população mundial caracteriza-se pela grande diversidade social. Vivemos num mundo onde apenas um terço da população desfruta das vantagens População absoluta e população relativa O total de habitantes de um lugar constitui sua população absoluta. Assim, podemos dizer que a população absoluta da Terra é superior a 5,6 bilhões de habitantes. Mas para avaliar concretamente a presença humana num determinado lugar, utilizamos também o conceito de população relativa, que indica a distribuição da população em relação à superfície do lugar.A população relativa, também chamada de densidade demográfica, corresponde ao número de habitantes por unidade de área, geralmente o quilômetro quadrado. A tabela abaixo mostra a população absoluta e a população relativa de cada continente.Os dados referentes à população mundial são sempre aproximados, pois até mesmo as grandes instituições internacionais, como a Organização das Nações Unidas e o Banco Mundial, enfrentam dificuldades para divulgá-los com precisão. Isso ocorre porque os dados são obtidos dos governos nacionais e nem todos os países fazem o recenseamento ao mesmo tempo. Para contornar esse problema, utilizam dados aproximados, apoiados em projeções que relacionam as informações apuradas na última contagem nacional e os índices de crescimento anual da população.Populoso e povoadoNos estudos de geografia das populações são muito utilizados os conceitos de populoso e povoado. o primeiro se refere população absoluta e o segundo diz respeito à populaçãorelativa de um lugar. Assim, enquanto a Ásia é o continente mais populoso e mais povoado do mundo, a Oceania é o continente menos populoso e menos povoado. Mas lembre-se: um país populoso não é, necessariamente, um país muito povoado e vice-versa.Superpopulação A avaliação das características da população mundial contemporânea leva à utilização freqüente dos termos superpopulação e superpovoamento. Uma área é considerada superpovoada quando sua população ultrapassa um limite acima do qual se torna difícil o aumento da produção de recursos para sua subsistência. Em outras palavras, quando a população é, maior que os recursos disponíveis. Ocorre, contudo, que o ser humano tem uma capacidade incessante de produzir os meios necessários à sua sobrevivência. Os povos que conquistaram um maior desenvolvimento econômico e tecnológico criaram condições para a fixação de grandes populações em seu território, o que compreensivelmente não é de seu interesse. Por outro lado, os povos que vivem em condições de baixa produtividade e considerada superpovoada quando sua população ultrapassa um limite a partir do qual começa a baixar significativamente o nível de vida, prevalecendo a fome e a difusão de moléstias infecto-contagiosas. Nas áreas superpovoadas a população vive em condições que levam à pobreza absoluta. Na índia, considerada um país superpovoado, a densidade demográfica é de 284 habitantes por quilometro quadrado. Já na Bélgica vivem 330 habitantes por quilometro quadrado e mesmo assim esse pais não é considerado superpovoado. A dinâmica populacional e sues indicadores No sentido das populações - tanto no âmbito local quanto no âmbito mundial -, é necessário utilizar recursos numéricos ou dados estatísticos para quantificar os fenômenos demográficos, a estrutura e as condições de vida do contingente humano. Entre esses recursos, destacam-se os indicadores demográficos, as pirâmides etáriase os indicadores sociais. A partir deles, os governantes e empresários desenvolvem políticas sociais e planejam atividades econômicas. Os indicadores demográficos Os principais indicadores demográficos são o crescimento vegetativo e a imigração. Por meio desses indicadores, é possível observar a dinâmica de uma população: se ela cresceu ou não, quantas pessoas nasceram e quantas morreram no período em estudo, quantas deixaram o lugar, quantas. chegaram, etc. 0 crescimento vegetativo é a diferença entre os nascimentos e os óbitos, ou seja, entre a taxa de natalidade e a de mortalidade, geralmente ele é expresso em porcentagem. O cálculo do crescimento vegetativo não representa o crescimento real de uma população. Para verificar o crescimento demográfico de um país, é necessário considerar os fluxos de entrada (imigração) e de saída (emigração) da população. A ‘fórmula’ do crescimento demográfico (ou total) é assim representada: Para se ter o total da população de um país no final de um determinado ano, é preciso somar a população absoluta (P) com o crescimento total (CT) do ano em questão: A taxa de natalidade indica o número de nascimentos ocorridos anualmente para cada grupo de mil habitantes de um lugar, seja um país, um estado ou urna cidade. É calculada pela fórmula: A taxa de mortalidade, por sua vez, indica o número de mortes ocorridas anualmente para cada grupo de mil habitantes de um lugar. Tanto a mortalidade quanto a natalidade são, portanto, expressas por mil. A mortalidade pode ser calculada pela média geral, que considera todo o conjunto da população, ou por grupos específicos, delimitados por profissão, faixa de rendimentos ou idade, por exemplo, resultando no índice de mortalidade diferencial. 0 cálculo da mortalidade diferencial por idade permite a avaliação da mortalidade infantil, um dos mais importantes indicadores sociais.As fases do crescimento demográficoA população mundial tem crescido no decorrer da história em função de uma maior taxa de natalidade em relação à taxa de mortalidade.Como se pode observar no gráfico ao lado, no início da Era Cristã a população humana correspondia a 250 milhões de habitantes; chegou a 500 milhões em 1650; atingindo 1 bilhão em 1850; ultrapassou os 2 bilhões em 1950; chegou a 5,6 bilhões em 1995; e vai ultrapassar os 6 bilhões de habitantes no final do século XX. Esses números mostram que no início a população levou séculos para duplicar, depois dobrou em duzentos anos, a seguir, dobrou em apenas cem anos e as projeções indicam que triplica no período de 1950 a 2000.Analisando a marcha de crescimento populacional, podemos distinguir duas fases: Crescimento lento: até o séc. XVII, em função da inexistência de condições sanitárias adequadas, guerras, epidemias, etc., a taxa de mortalidade era elevada; Crescimento rápido: compreende principalmente, num período mais modesto; os séculos XVII e XIX e, acentuadamente, na segunda metade do séc. XX, em função dos avanços científicos e da melhorias das condições higiêncio-sanitárias. Nesse período, o mundo deparou-se com um vertiginoso crescimento populacional, denominado explosão demográfica.Esses períodos foram marcados por calorosos debates, que resultaram na formulação deteorias demográficas, que citaremos abaixo.As teorias demográficas O crescimento acelerado da população, embora tenha sido um processo mundial, tem-se concentrado principalmente nos países subdesenvolvidos, onde as taxas de natalidade são muito altas e as taxas de mortalidade vem declinando.Esse crescimento elevado da população tem promovido profundas discussões e teorias sobre esse tema desde o século passado, como se vê a seguir. Teoria malthusiana A primeira aceleração do crescimento populacional coincide com a consolidação do sistema capitalista e o advento da Revolução Industrial, durante os séculos XVIII e XIX. Nos países que se industrializavam, a produção de alimentos aumentou e a população que migrava do campo encontrava na cidade uma situação socioeconômica e sanitária muito melhor. Assim, a mortalidade se reduziu e os índices de crescimento populacional se elevaram.Entre as teorias demográficas surgidas na época, destacou-se a de Thomas Malthus, que ficou conhecida como malthusianismo. Analisando a relação entre a produção de meios de subsistência e a evolução demográfica nos EUA e na Europa, Malthus concluiu que o crescimento populacional excedia a capacidade da terra de produzir alimentos. Enquanto o crescimento populacional tenderia a seguir um ritmo de progressão geométrica, a produção de alimentos cresceria segundo uma progressão aritmética. Assim, a população tenderia a crescer além dos limites de sua sobrevivência, e disso resultariam a fome e a miséria.Diante dessa constatação e para evitar uma “catástrofe”, Malthus propôs uma “restrição moral” aos nascimentos, o que significaria: proibir o casamento entre pessoas muito jovens; limitar o número de filhos entre as populações mais pobres; elevar o preço das mercadorias e reduzir os salários, a fim de pressionar os mais humildes a Ter uma prole menos numerosa.Ao lançar suas idéias,, Malthus desconsiderou as possibilidades de aumento da produção agrícola com o avanço tecnológico. Aos poucos essa teoria foi caindo em descrédito e desmentida pela própria realidade. Os neomalthusianos A Segunda aceleração do crescimento populacional ocorreu a partir de 1950, particularmente nos países subdesenvolvidos.Esse período, imediatamente posterior à Segunda Guerra Mundial, foi marcado pelo surgimento de novos países independentes africanos e asiáticos e por grandes conquistas na área da saúde, como a produção de antibióticos e de vacinas contra uma série de doenças. Tais conquistas se difundiram pelos países subdesenvolvidos graças a atuação de entidades internacionais de ajuda e cooperação, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Cruz Vermelha Internacional. Além disso, com o processo de expansão de empresas multinacionais grandes laboratórios farmacêuticos se instalaram nos países subdesenvolvidos que se industrializavam. Os remédios se tornaram mais acessíveis e baratos.Esse processo denominado revolução médico-sanitária, incluiu também a ampliação dos serviços médicos, as campanhas de vacinação, a implantação de postos de saúde pública em zonas urbanas e rurais e a ampliação das condições de higiene social. Todos esses fatores permitiram uma acentuada redução nas taxas de mortalidade, principalmente a infantil, que até então eram muito elevadas nos países subdesenvolvidos. A diminuição da mortalidade e a manutenção das altas taxas de natalidade resultaram num grande crescimento populacional, que atingiu seu apogeu na década de 1960 e ficou conhecido como explosão demográfica.Com a nova aceleração populacional, voltaram a surgir estudos baseados nas idéias de Malthus, dando origem a um conjunto de teorias e propostas denominadasneomalthusianas. Novamente, os teóricos explicavam o subdesenvolvimento e a pobreza pelo crescimento populacional, que estaria provocando a elevação dos gastos governamentais com os serviços de educação e saúde. Isso comprometeria a realização de investimentos nos setores produtivos e dificultaria o desenvolvimento econômico. Para os neomalthusianos, uma população numerosa seria um obstáculo ao desenvolvimento e levaria ao esgotamento dos recursos naturais, ao desemprego e à pobreza. Enfim, ao caos social.Para os neomalthusianos, a desordem social poderia levar os países subdesenvolvidos a se alinhar com os países socialistas, que se expandiam naquele momento. Para evitar o risco, propunham a adoção de políticas de controle de natalidade, que se popularizaram com a denominação de “planejamento familiar”Essa políticas são adotadas até hoje e conduzidas pela ONU (Organização das Nações Unidas) e o FMI (Fundo Monetário Internacional), que condiciona a aprovação de empréstimos para os países subdesenvolvidos à adoção de programas de controle de natalidade, que são financiados pelo Banco Mundial (BIRD).O planejamento familiar é feito por entidades privadas e públicas, que se associam à indústria farmacêutica e à classe médica e recebem apoio dos meios de comunicação. O controle populacional é realizado de várias maneiras, que vai da distribuição gratuita de anticoncepcionais até a esterilização em massa de populações pobres (Índia, Colômbia e Brasil).Os reformistas (ou marxistas) Seguidores do filósofo socialista Karl Marx, os teóricos desse pensamento afirmam que a causa da superpopulação é o modo de produção capitalista e que a sobrevivência do capitalismo, como sistema, exige um excesso relativo da população. Em outras palavras, ao contrários dos neomalthusianos, os reformistas consideram a miséria como a principal causa do acelerado crescimento populacional. Assim, defendem a necessidade de reformas sócio-econômicas que permitam a melhoria do padrão de vida da população mais pobre.A transição demográfica Em oposição às teorias descritas anteriormente, para as quais o mundo vive um processo de explosão demográfica, tem sido cada vez mais aceita a teoria da transição demográfica. Segundo os defensores dessa teoria, formulada em 1929, o crescimento populacional tende a se equilibrar no mundo, com a diminuição das taxas de natalidade e mortalidade.Esse processo se daria em três etapas distintas: Primeira fase ou Pré-industrial, caracterizada pelo equilíbrio demográfico e por baixos índices de crescimento vegetativo, apoiados em elevadas taxas de natalidade e de mortalidade. Nascem muitos, mas morrem muitos. A elevada mortalidade era decorrente principalmente das precárias condições higiênico-sanitárias, das epidemias, das guerras, fome, etc. Segunda fase ou transicional, que apresenta as seguintes modificações: num primeiro momento, a redução da mortalidade com o fim das epidemias e os avanços médicos (decorrentes da Revolução Industrial), porém a natalidade ainda se mantém elevada, ocasionando um grande crescimento populacional; num segundo momento, a natalidade começa a cair, reduzindo-se então o crescimento populacional. Terceira fase ou Evoluída, etapa em que a transição demográfica se completa, com a retomada do equilíbrio demográfico, agora apoiado em baixas taxas de natalidade e de mortalidade. Atualmente estão nessa fase os países desenvolvidos, a maior parte dos quais apresenta taxas de crescimento inferiores a 1% e até negativas. Países cujo crescimento vegetativo se encontra estagnado.Pirâmides populacionaisAs faixas etárias da população costumam obedecer a um padrão que pode ser expresso em gráficos no formato de pirâmides.ZaireA pirâmide populacional do Zaire é representativa do conjunto de países cuja transição demográfica está menos avançada. Há uma regular e constante ampliação da base, a chamada "pirâmide em forma de guarda-sol". O ritmo de expansão é elevado: o número de nascimentos nos últimos cinco anos duplicou em relação ao de 15 ou 20 anos atrás. O resultado é uma população muito jovem (praticamente 50% da população tem menos de 25 anos) e com um grande potencial de crescimento. Mas é também um obstáculo para uma rápida melhoria das condições de vida, devido ao elevado custo dos serviços sanitários e de educação que devem ser oferecidos às novas gerações.BrasilA pirâmide brasileira mostra a estrutura da segunda fase da transição demográfica, na qual o ritmo decrescimento começa a se atenuar. A forma é muito parecida à de um triângulo cuja base, ainda que continue crescendo, o faz a um ritmo menor que no caso zairense. O desequilíbrio entre população jovem e adulta é inferior: no caso brasileiro, a faixa etária entre 35 e 40 anos apresenta a metade do número de membros que a dos nascidos nos últimos 5 anos. A diminuição no ritmo de crescimento da população está ligada a uma diminuição da fertilidade e, com ela, das taxas de natalidade. Apesar disso, quando as novas e numerosas gerações chegarem à idade reprodutiva, o crescimento populacional continuará em ascensão até a primeira metade do século XXI.Austrália
A pirâmide australiana corresponde a um país em pleno regime demográfico moderno. Sua formacorresponde ao tipo ogival, com uma reentrância correspondente aos anos de 1930 e início dos de 1940, seguidos dobaby boom posterior à Segunda Guerra Mundial (nascimentos após 1945). O processo imigratório continuado, até a primeira metade da década de 1970, mantém o crescimento.Depois, entre 1975 e 1990 há uma redução, de modo que a faixa etária de 0 a 5 anos é tão numerosa quanto a dos nascidos entre 1945 e 1950 (entre 40 e 45 anos). O menor número de nascimentos origina um processo de envelhecimento que se verifica no alargamento da parte superior da pirâmide.
Migrações mundiaisMigração compreende o deslocamento a longa distância de uma quantidade importante de seres humanos. Todo processo migratório pressupõe a existência de vários elementos: um ponto ou zona de partida, um local de acolhida, alguns fatores de atração e outros de repulsão.
Na atualidade, a maioria das migrações é de pessoas procedentes de países subdesenvolvidos. Essasmigrações são estimuladas por fatores de repulsão nos lugares de origem: pressão demográfica, dificuldades para encontrar trabalho nas grandes cidades superpovoadas, ineficiência dos sistemas agrícolas para garantir vida digna etc. Até pouco tempo atrás, existiam diversos fatores de atração nos países desenvolvidos, como a necessidade de mão-de-obra, salários relativamente elevados e infra-estrutura social (sobretudo educação para os filhos e serviços sanitários).
A maior parte das migrações tem uma origem socioeconômica e é resultado da busca por melhores condições de vida. Outro tipo de migração tem origem em causas políticas.População ativa e inativaA análise de uma população também pode ser feita de acordo com sua ocupação profissional. Para isso, é necessário fazer a distinção entre: população ativa, ou seja, aquela que tem uma ocupação (população ativa ocupada) ou que procura um emprego (população desempregada); e população inativa (jovens estudantes, idosos, donas de casa).
A taxa de dependência é a relação entre as faixas etárias inativas e as que estão em idade de trabalhar, e expressa a carga relativa que os jovens e idosos constituem para os adultos ativos. Em 1990, a média mundial dessa taxa era de 62,6%. Nos países desenvolvidos, a taxa baixava até 50,1%. Nos países subdesenvolvidos, subia até 66,7%, devido à grande quantidade de jovens.Setores econômicosSegundo a atividade econômica, a população ativa divide-se em três grandes setores: primário, secundário e terciário. O setor primário engloba as atividades que estão diretamente relacionadas à natureza: a agricultura, a pecuária, a caça, a pesca e a silvicultura. O setor secundário agrupa as atividades que supõem uma transformação, da mineração e da produção energética até as indústrias de manufatura e de construção civil. O setor terciário reúne os serviços e as trocas comerciais.A complexidade do setor terciário torna necessária a distinção entre: Terciário inferior, que agrupa o serviço doméstico, o comércio varejista e o artesanato. Terciário superior, relacionado aos serviços de alto nível técnico (bancos, seguros e profissionais liberais).
Terciário tecnológico, que agrupa a pesquisa, a informática, o ensino e a informação.O terciário tecnológico tem assumido tamanha importância que já está sendo considerado como um quarto setor da economia.
A POPULAÇÃO MUNDIAL
Com o rápido crescimento da população mundial, especialmente nos países subdesenvolvidos, estatísticas nos dão conta que em 2050 poderemos chegar até 12,5 bilhões de habitantes no planeta. Apenas pelo conhecimento dos números, já tomamos consciência da importância que tem o estudo da população. Todavia os números só servem para quantificar e, no caso da população humana, diferentemente das populações animais em que todos vivem de maneira semelhante, a população mundial caracteriza-se pela grande diversidade social. Vivemos num mundo onde apenas um terço da população desfruta das vantagens
População absoluta e população relativa
O total de habitantes de um lugar constitui sua população absoluta. Assim, podemos dizer que a população absoluta da Terra é superior a 5,6 bilhões de habitantes. Mas para avaliar concretamente a presença humana num determinado lugar, utilizamos também o conceito de população relativa, que indica a distribuição da população em relação à superfície do lugar.
A população relativa, também chamada de densidade demográfica, corresponde ao número de habitantes por unidade de área, geralmente o quilômetro quadrado.
A tabela abaixo mostra a população absoluta e a população relativa de cada continente.
Os dados referentes à população mundial são sempre aproximados, pois até mesmo as grandes instituições internacionais, como a Organização das Nações Unidas e o Banco Mundial, enfrentam dificuldades para divulgá-los com precisão. Isso ocorre porque os dados são obtidos dos governos nacionais e nem todos os países fazem o recenseamento ao mesmo tempo. Para contornar esse problema, utilizam dados aproximados, apoiados em projeções que relacionam as informações apuradas na última contagem nacional e os índices de crescimento anual da população.
Populoso e povoado
Nos estudos de geografia das populações são muito utilizados os conceitos de populoso e povoado. o primeiro se refere população absoluta e o segundo diz respeito à populaçãorelativa de um lugar. Assim, enquanto a Ásia é o continente mais
populoso e mais povoado do mundo, a Oceania é o continente menos populoso e menos povoado. Mas lembre-se: um país populoso não é, necessariamente, um país muito povoado e vice-versa.
Superpopulação
A avaliação das características da população mundial contemporânea leva à utilização freqüente dos termos superpopulação e superpovoamento.
Uma área é considerada superpovoada quando sua população ultrapassa um limite acima do qual se torna difícil o aumento da produção de recursos para sua subsistência. Em outras palavras, quando a população é, maior que os recursos disponíveis.
Ocorre, contudo, que o ser humano tem uma capacidade incessante de produzir os meios necessários à sua sobrevivência. Os povos que conquistaram um maior desenvolvimento econômico e tecnológico criaram condições para a fixação de grandes populações em seu território, o que compreensivelmente não é de seu interesse. Por outro lado, os povos que vivem em condições de baixa produtividade e considerada superpovoada quando sua população ultrapassa um limite a partir do qual começa a baixar significativamente o nível de vida, prevalecendo a fome e a difusão de moléstias infecto-contagiosas. Nas áreas superpovoadas a população vive em condições que levam à pobreza absoluta.
Na índia, considerada um país superpovoado, a densidade demográfica é de 284 habitantes por quilometro quadrado. Já na Bélgica vivem 330 habitantes por quilometro quadrado e mesmo assim esse pais não é considerado superpovoado.
A dinâmica populacional e sues indicadores
No sentido das populações - tanto no âmbito local quanto no âmbito mundial -, é necessário utilizar recursos numéricos ou dados estatísticos para quantificar os fenômenos demográficos, a estrutura e as condições de vida do contingente humano.
Entre esses recursos, destacam-se os indicadores demográficos, as pirâmides etáriase os indicadores sociais. A partir deles, os governantes e empresários desenvolvem políticas sociais e planejam atividades econômicas.
Os indicadores demográficos
Os principais indicadores demográficos são o crescimento vegetativo e a imigração. Por meio desses indicadores, é possível observar a dinâmica de uma população: se ela cresceu ou não, quantas pessoas nasceram e quantas morreram no período em estudo, quantas deixaram o lugar, quantas. chegaram, etc.
0 crescimento vegetativo é a diferença entre os nascimentos e os óbitos, ou seja, entre a taxa de natalidade e a de mortalidade, geralmente ele é expresso em porcentagem.
O cálculo do crescimento vegetativo não representa o crescimento real de uma população. Para verificar o crescimento demográfico de um país, é necessário considerar os fluxos de entrada (imigração) e de saída (emigração) da população. A ‘fórmula’ do crescimento demográfico (ou total) é assim representada:
Para se ter o total da população de um país no final de um determinado ano, é preciso somar a população absoluta (P) com o crescimento total (CT) do ano em questão:
A taxa de natalidade indica o número de nascimentos ocorridos anualmente para cada grupo de mil habitantes de um lugar, seja um país, um estado ou urna cidade. É calculada pela fórmula:
A taxa de mortalidade, por sua vez, indica o número de mortes ocorridas anualmente para cada grupo de mil habitantes de um lugar. Tanto a mortalidade quanto a natalidade são, portanto, expressas por mil.
A mortalidade pode ser calculada pela média geral, que considera todo o conjunto da população, ou por grupos específicos, delimitados por profissão, faixa de rendimentos ou idade, por exemplo, resultando no índice de mortalidade diferencial. 0 cálculo da mortalidade diferencial por idade permite a avaliação da mortalidade infantil, um dos mais importantes indicadores sociais.
As fases do crescimento demográfico
A população mundial tem crescido no decorrer da história em função de uma maior taxa de natalidade em relação à taxa de mortalidade.
Como se pode observar no gráfico ao lado, no início da Era Cristã a população humana correspondia a 250 milhões de habitantes; chegou a 500 milhões em 1650; atingindo 1 bilhão em 1850; ultrapassou os 2 bilhões em 1950; chegou a 5,6 bilhões em 1995; e vai ultrapassar os 6 bilhões de habitantes no final do século XX. Esses números mostram que no início a população levou séculos para duplicar, depois dobrou em duzentos anos, a seguir, dobrou em apenas cem anos e as projeções indicam que triplica no período de 1950 a 2000.
Analisando a marcha de crescimento populacional, podemos distinguir duas fases:
Crescimento lento: até o séc. XVII, em função da inexistência de condições sanitárias adequadas, guerras, epidemias, etc., a taxa de mortalidade era elevada;
Crescimento rápido: compreende principalmente, num período mais modesto; os séculos XVII e XIX e, acentuadamente, na segunda metade do séc. XX, em função dos avanços científicos e da melhorias das condições higiêncio-sanitárias. Nesse período, o mundo deparou-se com um vertiginoso crescimento populacional, denominado explosão demográfica.
Esses períodos foram marcados por calorosos debates, que resultaram na formulação deteorias demográficas, que citaremos abaixo.
As teorias demográficas
O crescimento acelerado da população, embora tenha sido um processo mundial, tem-se concentrado principalmente nos países subdesenvolvidos, onde as taxas de natalidade são muito altas e as taxas de mortalidade vem declinando.
Esse crescimento elevado da população tem promovido profundas discussões e teorias sobre esse tema desde o século passado, como se vê a seguir.
Teoria malthusiana
A primeira aceleração do crescimento populacional coincide com a consolidação do sistema capitalista e o advento da Revolução Industrial, durante os séculos XVIII e XIX. Nos países que se industrializavam, a produção de alimentos aumentou e a população que migrava do campo encontrava na cidade uma situação socioeconômica e sanitária muito melhor. Assim, a mortalidade se reduziu e os índices de crescimento populacional se elevaram.
Entre as teorias demográficas surgidas na época, destacou-se a de Thomas Malthus, que ficou conhecida como malthusianismo. Analisando a relação entre a produção de meios de subsistência e a evolução demográfica nos EUA e na Europa, Malthus concluiu que o crescimento populacional excedia a capacidade da terra de produzir alimentos. Enquanto o crescimento populacional tenderia a seguir um ritmo de progressão geométrica, a produção de alimentos cresceria segundo uma progressão aritmética. Assim, a população tenderia a crescer além dos limites de sua sobrevivência, e disso resultariam a fome e a miséria.
Diante dessa constatação e para evitar uma “catástrofe”, Malthus propôs uma “restrição moral” aos nascimentos, o que significaria: proibir o casamento entre pessoas muito jovens; limitar o número de filhos entre as populações mais pobres; elevar o preço das mercadorias e reduzir os salários, a fim de pressionar os mais humildes a Ter uma prole menos numerosa.
Ao lançar suas idéias,, Malthus desconsiderou as possibilidades de aumento da produção agrícola com o avanço tecnológico. Aos poucos essa teoria foi caindo em descrédito e desmentida pela própria realidade.
Os neomalthusianos
A Segunda aceleração do crescimento populacional ocorreu a partir de 1950, particularmente nos países subdesenvolvidos.
Esse período, imediatamente posterior à Segunda Guerra Mundial, foi marcado pelo surgimento de novos países independentes africanos e asiáticos e por grandes conquistas na área da saúde, como a produção de antibióticos e de vacinas contra uma série de doenças. Tais conquistas se difundiram pelos países subdesenvolvidos graças a atuação de entidades internacionais de ajuda e cooperação, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Cruz Vermelha Internacional. Além disso, com o processo de expansão de empresas multinacionais grandes laboratórios farmacêuticos se instalaram nos países subdesenvolvidos que se industrializavam. Os remédios se tornaram mais acessíveis e baratos.
Esse processo denominado revolução médico-sanitária, incluiu também a ampliação dos serviços médicos, as campanhas de vacinação, a implantação de postos de saúde pública em zonas urbanas e rurais e a ampliação das condições de higiene social. Todos esses fatores permitiram uma acentuada redução nas taxas de mortalidade, principalmente a infantil, que até então eram muito elevadas nos países subdesenvolvidos. A diminuição da mortalidade e a manutenção das altas taxas de natalidade resultaram num grande crescimento populacional, que atingiu seu apogeu na década de 1960 e ficou conhecido como explosão demográfica.
Com a nova aceleração populacional, voltaram a surgir estudos baseados nas idéias de Malthus, dando origem a um conjunto de teorias e propostas denominadasneomalthusianas. Novamente, os teóricos explicavam o subdesenvolvimento e a pobreza pelo crescimento populacional, que estaria provocando a elevação dos gastos governamentais com os serviços de educação e saúde. Isso comprometeria a realização de investimentos nos setores produtivos e dificultaria o desenvolvimento econômico. Para os neomalthusianos, uma população numerosa seria um obstáculo ao desenvolvimento e levaria ao esgotamento dos recursos naturais, ao desemprego e à pobreza. Enfim, ao caos social.
Para os neomalthusianos, a desordem social poderia levar os países subdesenvolvidos a se alinhar com os países socialistas, que se expandiam naquele momento. Para evitar o risco, propunham a adoção de políticas de controle de natalidade, que se popularizaram com a denominação de “planejamento familiar”
Essa políticas são adotadas até hoje e conduzidas pela ONU (Organização das Nações Unidas) e o FMI (Fundo Monetário Internacional), que condiciona a aprovação de empréstimos para os países subdesenvolvidos à adoção de programas de controle de natalidade, que são financiados pelo Banco Mundial (BIRD).
O planejamento familiar é feito por entidades privadas e públicas, que se associam à indústria farmacêutica e à classe médica e recebem apoio dos meios de comunicação. O controle populacional é realizado de várias maneiras, que vai da distribuição gratuita de anticoncepcionais até a esterilização em massa de populações pobres (Índia, Colômbia e Brasil).
Os reformistas (ou marxistas)
Seguidores do filósofo socialista Karl Marx, os teóricos desse pensamento afirmam que a causa da superpopulação é o modo de produção capitalista e que a sobrevivência do capitalismo, como sistema, exige um excesso relativo da população. Em outras palavras, ao contrários dos neomalthusianos, os reformistas consideram a miséria como a principal causa do acelerado crescimento populacional. Assim, defendem a necessidade de reformas sócio-econômicas que permitam a melhoria do padrão de vida da população mais pobre.
A transição demográfica
Em oposição às teorias descritas anteriormente, para as quais o mundo vive um processo de explosão demográfica, tem sido cada vez mais aceita a teoria da transição demográfica. Segundo os defensores dessa teoria, formulada em 1929, o crescimento populacional tende a se equilibrar no mundo, com a diminuição das taxas de natalidade e mortalidade.
Esse processo se daria em três etapas distintas:
Primeira fase ou Pré-industrial, caracterizada pelo equilíbrio demográfico e por baixos índices de crescimento vegetativo, apoiados em elevadas taxas de natalidade e de mortalidade. Nascem muitos, mas morrem muitos. A elevada mortalidade era decorrente principalmente das precárias condições higiênico-sanitárias, das epidemias, das guerras, fome, etc.
Segunda fase ou transicional, que apresenta as seguintes modificações: num primeiro momento, a redução da mortalidade com o fim das epidemias e os avanços médicos (decorrentes da Revolução Industrial), porém a natalidade ainda se mantém elevada, ocasionando um grande crescimento populacional; num segundo momento, a natalidade começa a cair, reduzindo-se então o crescimento populacional.
Terceira fase ou Evoluída, etapa em que a transição demográfica se completa, com a retomada do equilíbrio demográfico, agora apoiado em baixas taxas de natalidade e de mortalidade. Atualmente estão nessa fase os países desenvolvidos, a maior parte dos quais apresenta taxas de crescimento inferiores a 1% e até negativas. Países cujo crescimento vegetativo se encontra estagnado.
Pirâmides populacionaisAs faixas etárias da população costumam obedecer a um padrão que pode ser expresso em gráficos no formato de pirâmides.
Zaire
A pirâmide populacional do Zaire é representativa do conjunto de países cuja transição demográfica está menos avançada. Há uma regular e constante ampliação da base, a chamada "pirâmide em forma de guarda-sol". O ritmo de expansão é elevado: o número de nascimentos nos últimos cinco anos duplicou em relação ao de 15 ou 20 anos atrás. O resultado é uma população muito jovem (praticamente 50% da população tem menos de 25 anos) e com um grande potencial de crescimento. Mas é também um obstáculo para uma rápida melhoria das condições de vida, devido ao elevado custo dos serviços sanitários e de educação que devem ser oferecidos às novas gerações.
BrasilA pirâmide brasileira mostra a estrutura da segunda fase da transição demográfica, na qual o ritmo de
crescimento começa a se atenuar. A forma é muito parecida à de um triângulo cuja base, ainda que continue crescendo, o faz a um ritmo menor que no caso zairense. O desequilíbrio entre população jovem e adulta é inferior: no caso brasileiro, a faixa etária entre 35 e 40 anos apresenta a metade do número de membros que a dos nascidos nos últimos 5 anos. A diminuição no ritmo de crescimento da população está ligada a uma diminuição da fertilidade e, com ela, das taxas de natalidade. Apesar disso, quando as novas e numerosas gerações chegarem à idade reprodutiva, o crescimento populacional continuará em ascensão até a primeira metade do século XXI.
Austrália
A pirâmide australiana corresponde a um país em pleno regime demográfico moderno. Sua forma
A pirâmide australiana corresponde a um país em pleno regime demográfico moderno. Sua forma
corresponde ao tipo ogival, com uma reentrância correspondente aos anos de 1930 e início dos de 1940, seguidos dobaby boom posterior à Segunda Guerra Mundial (nascimentos após 1945). O processo imigratório continuado, até a primeira metade da década de 1970, mantém o crescimento.
Depois, entre 1975 e 1990 há uma redução, de modo que a faixa etária de 0 a 5 anos é tão numerosa quanto a dos nascidos entre 1945 e 1950 (entre 40 e 45 anos). O menor número de nascimentos origina um processo de envelhecimento que se verifica no alargamento da parte superior da pirâmide.
Migrações mundiaisMigração compreende o deslocamento a longa distância de uma quantidade importante de seres humanos. Todo processo migratório pressupõe a existência de vários elementos: um ponto ou zona de partida, um local de acolhida, alguns fatores de atração e outros de repulsão.
Na atualidade, a maioria das migrações é de pessoas procedentes de países subdesenvolvidos. Essas
Migrações mundiaisMigração compreende o deslocamento a longa distância de uma quantidade importante de seres humanos. Todo processo migratório pressupõe a existência de vários elementos: um ponto ou zona de partida, um local de acolhida, alguns fatores de atração e outros de repulsão.
Na atualidade, a maioria das migrações é de pessoas procedentes de países subdesenvolvidos. Essas
migrações são estimuladas por fatores de repulsão nos lugares de origem: pressão demográfica, dificuldades para encontrar trabalho nas grandes cidades superpovoadas, ineficiência dos sistemas agrícolas para garantir vida digna etc. Até pouco tempo atrás, existiam diversos fatores de atração nos países desenvolvidos, como a necessidade de mão-de-obra, salários relativamente elevados e infra-estrutura social (sobretudo educação para os filhos e serviços sanitários).
A maior parte das migrações tem uma origem socioeconômica e é resultado da busca por melhores condições de vida. Outro tipo de migração tem origem em causas políticas.
A maior parte das migrações tem uma origem socioeconômica e é resultado da busca por melhores condições de vida. Outro tipo de migração tem origem em causas políticas.
População ativa e inativaA análise de uma população também pode ser feita de acordo com sua ocupação profissional. Para isso, é necessário fazer a distinção entre: população ativa, ou seja, aquela que tem uma ocupação (população ativa ocupada) ou que procura um emprego (população desempregada); e população inativa (jovens estudantes, idosos, donas de casa).
A taxa de dependência é a relação entre as faixas etárias inativas e as que estão em idade de trabalhar, e expressa a carga relativa que os jovens e idosos constituem para os adultos ativos. Em 1990, a média mundial dessa taxa era de 62,6%.
A taxa de dependência é a relação entre as faixas etárias inativas e as que estão em idade de trabalhar, e expressa a carga relativa que os jovens e idosos constituem para os adultos ativos. Em 1990, a média mundial dessa taxa era de 62,6%.
Nos países desenvolvidos, a taxa baixava até 50,1%.
Nos países subdesenvolvidos, subia até 66,7%, devido à grande quantidade de jovens.
Setores econômicos
Segundo a atividade econômica, a população ativa divide-se em três grandes setores: primário, secundário e terciário.
O setor primário engloba as atividades que estão diretamente relacionadas à natureza: a agricultura, a pecuária, a caça, a pesca e a silvicultura.
O setor secundário agrupa as atividades que supõem uma transformação, da mineração e da produção energética até as indústrias de manufatura e de construção civil.
O setor terciário reúne os serviços e as trocas comerciais.
A complexidade do setor terciário torna necessária a distinção entre:
Terciário inferior, que agrupa o serviço doméstico, o comércio varejista e o artesanato.
Terciário superior, relacionado aos serviços de alto nível técnico (bancos, seguros e profissionais liberais).
Terciário tecnológico, que agrupa a pesquisa, a informática, o ensino e a informação.
Terciário tecnológico, que agrupa a pesquisa, a informática, o ensino e a informação.
O terciário tecnológico tem assumido tamanha importância que já está sendo considerado como um quarto setor da economia.
Como se forma um tsunami
1. A abertura causada pelo tremor no leito do mar empurra a água para cima, dando início à onda.
2. A onda gigante então se move nas profundezas do oceano em altíssima velocidade.
3. Na medida em que se aproxima da terra, a onda perde velocidade, no entanto fica mais alta.
4. A onda então avança por terra, arrasando tudo em seu caminho.
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Tsunami
Tsunamis ou tsunâmi são gigantescas ondas que possuem um grande volume de energia e que ocorrem nos oceanos. Essas ondas são causadas pela movimentação das placas tectônicas localizadas abaixo dos oceanos, as placas oceânicas mais densas deslizam sob as placas continentais que são menos densas, num processo que se recebe o nome de subducção. Estes terremotos marítimos, conhecidos também como maremotos, deslocam uma grande quantidade de água formando uma ou mais ondas (tsunamis) que podem atingir as costas dos oceanos, provocando catástrofes.
A força de um tsunami ocorre em razão de sua amplitude e velocidade. À medida que a onda se aproxima de terra, sua altura aumenta e a velocidade diminui. As tsunamis podem atingir ondas de até trinta metros de altura, com forte poder de destruição. Essas grandes ondas são o resultado da ação da gravidade sobre a movimentação da massa de água.
Outros fatores que podem desencadear uma tsunami são os deslizamentos de terra subaquáticos, assim como as erupções vulcânicas, isso ocorre no momento em que os grandes volumes de sedimentos e rochas se deslocam e se redistribuem no fundo do mar, aumentando assim, o volume de água.
A força de um tsunami ocorre em razão de sua amplitude e velocidade. À medida que a onda se aproxima de terra, sua altura aumenta e a velocidade diminui. As tsunamis podem atingir ondas de até trinta metros de altura, com forte poder de destruição. Essas grandes ondas são o resultado da ação da gravidade sobre a movimentação da massa de água.
Outros fatores que podem desencadear uma tsunami são os deslizamentos de terra subaquáticos, assim como as erupções vulcânicas, isso ocorre no momento em que os grandes volumes de sedimentos e rochas se deslocam e se redistribuem no fundo do mar, aumentando assim, o volume de água.
Tsunamis que ficaram na história:
DATA | MAGNITUDE | ALT. MÁXIMA | MORTES | LOCAL |
02/07/1992 | 7.2 | 10 M | 170 | NICARÁGUA |
12/12/1992 | 7,5 | 26 M | 1.000 | ILHA DAS FLORES/INDONÉSIA |
12/07/1993 | 7,6 | 30 M | 200 | HOKAIDO/JAPÃO |
02/06/1994 | 7,2 | 14 M | 220 | JAVA/INDONÉSIA |
04/10/1994 | 8,1 | 11 M | 11 | ILHAS CURILAS |
14/11/1994 | 7,1 | 7 M | 70 | MINDORO |
21/02/1996 | 7,5 | 5 M | 12 | PERU |
17/07/1998 | 7,0 | 15 M | 2.000 | NOVA GUINÉ |
26/12/2004 | 9,0 | 50 M | 220.000 | OCEANO ÍNDICO |
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Ano Bissexto
O ano bissexto é aquele que possui um dia a mais do que os outros anos que posuem 365 dias. No calendário gregoriano, este dia extra é contado a cada 4 anos, sendo incluído sempre no mês de fevereiro, que passa a ter 29 dias. O ano bissexto acontece porque o ano-calendário tradicionalmente utilizado possui uma diferença em relação ao ano solar. Enquanto que no calendário tradicional o ano dura 365 dias para se completar; no calendário solar, dura 365,25 dias.
Essa diferença de 0,25 corresponde a fração de um quarto de um dia. Sendo assim, a cada quatro anos temos a diferença de um dia em relação ao calendário convencional e solar. Esse dia é justamente o que caracteriza o ano bissexto.
Essa diferença de 0,25 corresponde a fração de um quarto de um dia. Sendo assim, a cada quatro anos temos a diferença de um dia em relação ao calendário convencional e solar. Esse dia é justamente o que caracteriza o ano bissexto.
Origem nome
O ano bissexto teve início no Egito em 238 a.C. Em 45 a.C. Entretanto, foi o imperador romano Júlio César quem trouxe a idéia do ano bissexto para o ocidente.
No antigo calendário romano, os dias recebiam nomes com base no ciclo lunar e um mês dividia-se em três seções separadas por três dias fixos: Calendas (lua nova), Nonas (quarto-crescente) e Idos (lua cheia). Os dias eram designados por números ordinais contados em ordem retrógrada em relação ao dia fixo subsequente, algo semelhante ao costume que temos em dizer um horário de 16:45h com sendo “15 para as 5”.
Desta forma o dia 3 de fevereiro, por exemplo, chamava-se “antediem III Nonas Februarii”, ou seja “três dias antes da Nona de Fevereiro” e o dia 24 de fevereiro chamava-se “antediem VI Calendas Martii” ou “antediem sextum Calendas Martii”, ou seja “sexto dia antes da Calendas de Março”.
O imperador romano Julio César ao fazer a introdução de mais um dia no ano, optou pelo o mês de fevereiro, e dentro deste mês escolheu por duplicar o dia 24, chamando-o de “antediem bis-sextum Calendas Martii” (De novo o sexto dia antes das Calendas de Março), surge então o nome “ bissexto”, que passou a designar o ano que tivesse este dia suplementar.
Júlio César escolheu o mês de fevereiro para adicionar um dia porque, além de ser o mês mais curto do ano, com 28 dias, também era último mês do ano entre os romanos, e que por eles era considerado como um mês egativo. Desta forma a escolha por duplicar o dia 24, ao invés de ser introduzido o novo dia 29 (como atualmente fazemos) se deu por motivos supersticiosos.
No antigo calendário romano, os dias recebiam nomes com base no ciclo lunar e um mês dividia-se em três seções separadas por três dias fixos: Calendas (lua nova), Nonas (quarto-crescente) e Idos (lua cheia). Os dias eram designados por números ordinais contados em ordem retrógrada em relação ao dia fixo subsequente, algo semelhante ao costume que temos em dizer um horário de 16:45h com sendo “15 para as 5”.
Desta forma o dia 3 de fevereiro, por exemplo, chamava-se “antediem III Nonas Februarii”, ou seja “três dias antes da Nona de Fevereiro” e o dia 24 de fevereiro chamava-se “antediem VI Calendas Martii” ou “antediem sextum Calendas Martii”, ou seja “sexto dia antes da Calendas de Março”.
O imperador romano Julio César ao fazer a introdução de mais um dia no ano, optou pelo o mês de fevereiro, e dentro deste mês escolheu por duplicar o dia 24, chamando-o de “antediem bis-sextum Calendas Martii” (De novo o sexto dia antes das Calendas de Março), surge então o nome “ bissexto”, que passou a designar o ano que tivesse este dia suplementar.
Júlio César escolheu o mês de fevereiro para adicionar um dia porque, além de ser o mês mais curto do ano, com 28 dias, também era último mês do ano entre os romanos, e que por eles era considerado como um mês egativo. Desta forma a escolha por duplicar o dia 24, ao invés de ser introduzido o novo dia 29 (como atualmente fazemos) se deu por motivos supersticiosos.
Como calcular um ano bissexto
A partir da introdução do calendário Gregoriano foram adotadas as seguintes regras:
1- Todo ano divisível por 4 é bissexto.
2- Todo ano quando divisível por 100 não é ano bissexto.
3- Mas, se o ano for também divisível por 400 é ano bissexto.
2- Todo ano quando divisível por 100 não é ano bissexto.
3- Mas, se o ano for também divisível por 400 é ano bissexto.
Outras formas de contar o tempo
Existem outras formas de contar o tempo. Os chineses, por exemplo, baseiam seu calendário através dos movimentos da Lua e dividem o tempo em ciclos de 60 anos. Porém, o calendário gregoriano foi escolhido para ser universal, reconhecido por todos os países.
Anos bissextos entre 1000 e 2020
1004 1008 1012 1016 1020 1024 1028 1032 1036 1040 1044 1048 1052 1056 1060 |
1064 1068 1072 1076 1080 1084 1088 1092 1096 1104 1108 1112 1116 1120 1124 |
1128 1132 1136 1140 1144 1148 1152 1156 1160 1164 1168 1172 1176 1180 1184 |
1188 1192 1196 1200 1204 1208 1212 1216 1220 1224 1228 1232 1236 1240 1244 |
1248 1252 1256 1260 1264 1268 1272 1276 1280 1284 1288 1292 1296 1304 1308 |
1312 1316 1320 1324 1328 1332 1336 1340 1344 1348 1352 1356 1360 1364 1368 |
1372 1376 1380 1384 1388 1392 1396 1404 1408 1412 1416 1420 1424 1428 1432 |
1436 1440 1444 1448 1452 1456 1460 1464 1468 1472 1476 1480 1484 1488 1492 |
1496 1504 1508 1512 1516 1520 1524 1528 1532 1536 1540 1544 1548 1552 1556 |
1560 1564 1568 1572 1576 1580 1584 1588 1592 1596 1600 1604 1608 1612 1616 |
1620 1624 1628 1632 1636 1640 1644 1648 1652 1656 1660 1664 1668 1672 1676 |
1680 1684 1688 1692 1696 1704 1708 1712 1716 1720 1724 1728 1732 1736 1740 |
1744 1748 1752 1756 1760 1764 1768 1772 1776 1780 1784 1788 1792 1796 1804 |
1808 1812 1816 1820 1824 1828 1832 1836 1840 1844 1848 1852 1856 1860 1864 |
1868 1872 1876 1880 1884 1888 1892 1896 1904 1908 1912 1916 1920 1924 1928 |
1932 1936 1940 1944 1948 1952 1956 1960 1964 1968 1972 1976 1980 1984 1988 |
1992 1996 2000 2004 2008 2012 2016 2020 |
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Aurora Boreal
A aurora boreal e austral são fenômenos visuais que acontecem ocorrem nas regiões polares de nosso planeta. São luzes coloridas que aparecem no céu, à noite. Normalmente é esverdeada. Estes fenômenos ocorrem em função do contato dos ventos solares com o campo magnético do planeta Terra.
Este fenômeno quando acontece em regiões próximas ao pólo norte é chamado de aurora boreal e quando ocorre no pólo sul é chamado de aurora austral. Os fenômenos são mais comuns entre os meses de fevereiro, março, abril, setembro e outubro.
A aurora boreal pode surgir em vários formatos como pontos luminosos, faixas no sentido horizontal ou circular. No entanto, aparecem sempre alinhados ao campo magnético terrestre. As cores podem variar bastante como, por exemplo, vermelha, laranja, azul, verde e amarela. Muitas vezes surgem em várias cores ao mesmo tempo.
A aurora boreal pode surgir em vários formatos como pontos luminosos, faixas no sentido horizontal ou circular. No entanto, aparecem sempre alinhados ao campo magnético terrestre. As cores podem variar bastante como, por exemplo, vermelha, laranja, azul, verde e amarela. Muitas vezes surgem em várias cores ao mesmo tempo.
Contudo, se por um lado somos presenteados com este lindo show de luzes da natureza, por outro somos prejudicados. Os mesmos ventos solares que causam este belo espetáculo interferem em meios de comunicação (sinais de televisão, radares, telefonia, satélites) e sistemas eletrônicos diversos.
Curiosidades:
Curiosidades:
- O nome aurora boreal foi dado pelo astrônomo Galileu Galilei em homenagem à deusa romana Aurora (do amanhecer) e seu filho, deus grego do vento forte Bóreas.
- Tal fenômeno não se restringe a Terra, também ocorre em outros planetas do sistema solar como Júpiter, Marte, Vênus e Saturno e também pode ser reproduzido de forma artificial.
- O local onde há maior incidência da noite polar é na Lapônia Finlandesa.
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Os maiores rios do mundo
Confira a seguir a lista dos quinze maiores rios do mundo, incluindo a localização, nascente, foz e o tamanho (em km) de cada um deles.
Rio | Localização | Nascente | Foz | Km |
Amazonas | América do Sul | Lagos Glaciares, Peru | Oceano Atlântico, Brasil | 6.868 |
Nilo | África Ocidental | Uganda, Centro da África | Mar Mediterrâneo, Egito | 6.695 |
Chang Yian (Yangtze Kiang) | China | Planalto Tibetano, China | Mar Amarelo, China | 6.380 |
Mississippi-Missouri-Red Rock | Estados Unidos | Nascente Red Rock, Montana, Estados Unidos | Golfo do México, Estados Unidos | 6.270 |
Yenisei | Rússia | Montanhas Tannu-Olatanhas, Tuva ocidental, Rússia | Oceano Ártico, Rússia | 5.550 |
Ob-Irtish | Rússia | Montanhas Altai, Rússia | Mar de Kara, Oceano Ártico, Rússia | 5.410 |
Huang Ho (Amarelo) | China | Parte Oriental das Montanhas Kunlan, China | Golfo de Chihli, China | 4.667 |
Heilong (Amur) | Ásia | Confluência dos Rios Shilka e Argun, Rússia e China | Estreito Tatar, Oceano Pacífico, Rússia | 4.368 |
Zaire (Congo) | África Central | Confluência dos Rios Lualab e Luapula, Congo | Oceano Atlântico, Rep.Dem.Congo | 4.371 |
Lena | Rússia | Montanhas Baikal, Rússia | Oceano Ártico, Rússia | 4.260 |
Mackenzie | Canadá | Great Slave Lake, Canadá | Mar de Beaufort, Oceano Ártico, Canadá | 4.241 |
Niger | África Ocidental | Serra Leoa e Guiné | Golfo da Guiné, Nigéria | 4.167 |
Mekong | Sudeste da Ásia | Terras Altas Tibetanas, China | Sul do Mar da China, Vietname | 4.023 |
Paraná | América do Sul | Confluência dos Rios Paranaíba e Grande, Brasil | Rio de la Plata, Argentina | 3.998 |
Murray - Darling | Oceania | Alpes Australianos, New South Wales, Austrália | Oceano Antártico | 3.750 |
Volga | Rússia | Planalto Valdai, Rússia | Mar Cáspio, Rússia | 3.645 |
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